Não é de hoje que muito se fala em governança, riscos, conformidade. As teorias estão por aí, basta abrir o Google, digitar o tema desejado, selecionar um ou dois arquivos e estudá-los.
O acesso fácil às informações é sempre bom e deve ser estimulado. Contudo, a impressão que tenho é a de que se tem cada vez menos tempo para cada vez mais informação disponível. Para dificultar ainda mais, as respostas têm sido exigidas com cada vez mais urgência, fato que contribui para diminuir a já escassa disponibilidade de tempo.
Traga estes fatos para o ambiente organizacional e some-os às restrições de pessoas e orçamento e pronto: tem-se a realidade se tornando cada vez mais restritiva. Por outro lado, a Constituição Federal exige-nos eficiência e eficácia. Ainda mais importante, a sociedade carece que sejamos eficientes e eficazes!
Ao se considerar os problemas advindos da convergência dos termos expostos - governança, riscos, conformidade, informação, recursos humanos, tempo, orçamento, restrição, resposta, eficiência,
eficácia, sociedade, carência - surge uma pergunta. Uma questão que passa pela cabeça de todos os servidores públicos cônscios de seu papel: como fazer mais e melhor com menos? Tenho a certeza de que, ainda que de forma inconsciente, todos queremos isto. E cada um de nós, ao seu próprio modo, encontra um conjunto de respostas.
A minha resposta começou em 2007, quando fui nomeado no
Tribunal Superior do Trabalho. Nos trabalhos que fiz tentei otimizar tempo, seja criando procedimentos formais, seja automatizando atividades, seja disseminando conhecimentos.
Para resumir, em 2014 comecei a capacitar pessoas em governança, controles internos, contratação de soluções de TI, gestão de riscos, conformidade, governança de TI. Tudo fruto dos conhecimentos que
adquiri e implementei no TST. Não tem jeito, Paulo Freire já havia avisado: “Quem ensina aprende ao ensinar”. Mais cedo ou mais tarde você vê que está tudo interligado, e mais: passa a enxergar os pontos de conexão entre todos estes temas.
Entendi que um de meus propósitos seria disseminar conhecimento, conectar pessoas e, assim, trazer mais um pouco de eficiência para o serviço público. Afinal porque não criar atalhos aproveitando o conhecimento de quem já resolveu um problema?
Assim surgiu a ideia da ConGRC: Conferência Nacional de Governança, Riscos e Compliance, juntando pessoas com conhecimento prático, que já resolveu ou está resolvendo problemas em suas instituições. Acadêmicos, servidores públicos dos três poderes e dos três níveis de governo, pessoal da iniciativa privada, todos trocando ideias, compartilhando soluções.
Daí para a execução da Conferência foi relativamente simples, todas as pessoas consultadas, público, parceiros, palestrantes, foram solícitos e mesmo diante de imprevistos não se abalaram.
A JML foi o primeiro parceiro a acreditar no evento e o apoiou fortemente com conselhos, ideias, sugestão de palestrantes, impressão de bloco de notas e a cereja do bolo: a diagramação e distribuição gratuita deste e-book!